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Microfestivais: A Nova Era dos Eventos Musicais

By 12 de fevereiro de 2025Blog

Os eventos de hoje não são mais só sobre música, mas sobre experiências autênticas e personalizadas. O público quer algo diferente, fugir do óbvio, estar perto dos artistas, em um ambiente mais acolhedor e envolvente, as pessoas querem esquecer o sufoco que é a correria de festivais gigantes, com ingressos caríssimos e multidões esmagadoras. Os microfestivais vêm justamente na contramão disso, criando um espaço onde os fãs realmente se conectam com a música e os artistas.

Veja também: Conheça os eventos que conectam entretenimento, bem-estar e sustentabilidade 

E sabe o que está impulsionando essa onda? Plataformas como Spotify, Bandcamp e TikTok, que deram voz a uma nova geração de artistas independentes. Os microfestivais acabam virando uma vitrine para esses talentos, trazendo à tona gêneros e músicos que dificilmente teriam espaço nos grandes eventos.

Além disso, esses festivais estão movimentando cidades e destinos turísticos. Seja em praias paradisíacas, centros históricos ou até ilhas exclusivas, eles atraem visitantes, fortalecem a economia local e valorizam a cultura regional. E tem mais: são eventos que prezam pela sustentabilidade, com reciclagem, energia limpa e até alimentação orgânica, além de apoiarem causas sociais e diversidade cultural.

 

E podemos ver o crescimento em dados. Um levantamento do Mapa dos Festivais no ano passado apontou um aumento de 18% no número de eventos, com destaque para São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. O Nordeste também está bombando, com Pernambuco e Bahia puxando um crescimento de 44% nos festivais de música. Salvador, inclusive, já é a terceira cidade com mais festivais no Brasil, só perdendo para SP e RJ. Ou seja, os microfestivais chegaram para ficar!

Bom, já contextualizamos sobre o impacto desse estilo de evento. Agora vamos trazer alguns exemplos. Primeiro, um bem diferentão que traz na prática uma experiência única, que é o Secret Solstice, um festival de música e cultura islandês realizado sob o sol da meia-noite. Nascido para criar experiências musicais imperdíveis que são exclusivas, o evento produziu a única rave do mundo em uma geleira, e também já proporcionou apresentações íntimas em um túnel de lava de 5000 anos ou uma viagem para o centro da Terra para um concerto. 

Agora trazendo outra perspectiva, o Festivalzinho chega como o primeiro festival brasileiro pensado para pais e filhos curtirem juntos, com uma programação para todas as idades. O evento aconteceu no ano passado no Parque Villa-Lobos, em São Paulo. criado pela influenciadora Julia Faria e pelo empresário Ricardo Brautigam (do Rock The Mountain), o evento terá dois palcos com shows intercalados, garantindo que toda a família aproveite cada momento. No Palco Castelo, a música brasileira ganha destaque com Mariana Aydar & Mestrinho do Acordeon, Baile Reggae da Céu, Maria Gadú, Luedji Luna canta Sade e Anavitória. Já no Palco Circo, as crianças se divertem com Patati Patatá, Os Saltimbancos, Galinha Pintadinha, Tiquequê e Beatles para Crianças, misturando teatro, música e muita interação.

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O Festival DoSol é um evento anual que celebra a música independente no Brasil, especialmente no Nordeste. Realizado em Natal, Rio Grande do Norte, o festival destaca-se por promover artistas emergentes e proporcionar experiências culturais diversificadas. Além dos shows, o DoSol organiza eventos paralelos, como o Pôr do Som, que oferece apresentações musicais durante o pôr do sol, criando uma atmosfera única para o público. A sede cultural do DoSol também é palco de diversas atividades ao longo do ano, incluindo shows acústicos e lançamentos de álbuns de artistas locais e nacionais. 

Acompanhando todos esses exemplos, é perceptível que a forma como as pessoas estão curtindo eventos e aproveitando experiências musicais é uma resposta às mudanças nos comportamentos de consumo e às novas demandas por experiências culturais mais autênticas e sustentáveis. Optando por uma alternativa aos grandes eventos, focando na qualidade das interações e na valorização das comunidades locais.

 temos um grande representante aqui em Maceió, que ressalta a cultura local, musical e do espaço. O Festival Carambola é um evento anual de artes integradas ocorre desde 2017. Destaca-se por promover a música independente e a cultura local, oferecendo uma plataforma para artistas emergentes e experiências culturais diversificadas. Com o intuito de inserir Alagoas no mapa musical Brasileiro, promovendo conexões entre público e artistas em um ambiente diverso e seguro.  

Agora um exemplo que ocorre aqui do lado, em Recife. É o Festival No Ar Coquetel Molotov, que é um evento anual de música e cultura independente realizado em Recife, Pernambuco, desde 2004 Campus da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Além das apresentações musicais, o festival é pioneiro na inclusão de pessoas trans, adoção de estratégias de acessibilidade e sustentabilidade, e foi o primeiro no Brasil a integrar a iniciativa Keychange, promovendo igualdade de gênero em seus lineups.

Observando esses exemplos de sucesso percebemos que consumir cultura dessa forma não é apenas entretenimento, mas uma escolha que fortalece a cena independente, estimula a economia criativa e torna cada experiência única e memorável. Afinal, mais do que assistir a um show, é sobre fazer parte dele.

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